domingo, 15 de abril de 2018

Por que Raquel Dodge (PGR) persegue Bolsonaro?



Não é de hoje que a Procuradoria Geral da República está no encalço do deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ). A Procuradora Geral da República, Raquel Dodge já havia entrado com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o voto impresso. 

Na avaliação dela, trata-se de uma violação ao sigilo do voto. Argumentou que a impressão diminuiria a segurança do sistema de votação. E solicitou uma decisão liminar para suspender a medida, prevista para ser adotada na eleição deste ano. E todos nós já sabemos que existe a possibilidade de se adulterar o voto nas urnas eletrônicas da Smartmatic, tamanho sua vulnerabilidade. 

Em um teste feito em Brasília, o perito em informática Sérgio Freitas conseguiu violá-la utilizando um modesto radinho AM/FM. Aplicando uma técnica chamada “ataque tempest”, ele foi capaz de quebrar o sigilo dos votos ao detectar o som que as teclas da urna emitiam. “Enquanto digitava na urna, eu consegui rastrear a interferência que isto provocava na onda, gravando um arquivo WAV com estes sons”, falou Sérgio ao portal Uol.

E nesta sexta-feira (13) a procuradora, volta a investir contra o deputado apresentando mais uma denúncia contra aquele que é o único pré-candidato da direita conservadora à Presidência da República, pelo crime de racismo. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que é filho de Jair, também foi denunciado por ameaçar uma “jornalista”. Quanto ao caso de Eduardo vou comentar em outro artigo. Vamos ao Bolsonaro pai.

Em 2014, a então vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, já havia denunciado Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) por apologia ao crime de estupro. Denúncia baseada em declarações de Bolsonaro quando disse que a deputada Maria do Rosário (PT-RS) “não merece ser estuprada porque ela é muito ruim, porque ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria. Eu não sou estuprador, mas, se fosse, não iria estuprar, porque não merece”.

Bolsonaro não mentiu. A deputada é realmente feia, mas há gosto pra tudo. Acatando somente a parte tocante ao deputado e desconsiderando totalmente o que a deputada defensora de bandidos o chamou de estuprador primeiro e justamente por ele está pedindo penas mais severas para estupradores.

Para entender essa questão é necessário saber que ela começou em 2003 quando Jair Bolsonaro dava entrevistas a Rede TV sobre o caso do menor de idade na época, Champinha, que estuprou por 3 dias e matou Liana Friedenbach e Felipe Caffé. O casal decidiu acampar numa região próxima a São Paulo.

Na época, ao analisar denúncia da PGR e a queixa da própria deputada, a Primeira Turma do STF entendeu, por quatro votos a um, que além de incitar a prática do estupro, Bolsonaro ofendeu a honra da “coleguinha”. Somente Marco Aurélio foi contra a abertura das ações penais. 

Os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Rosa Weber e Luiz Roberto Barroso votaram favor de que Bolsonaro torne-se réu. Nada foi tratado ou/e denunciado contra a deputada que xingou primeiro e o ameaçou de dar um tapa. E isso mostra o quanto seletiva está sendo as acusações da PGR, como também, o julgamento do STF que parece não ter visto vídeo do acontecido. Mas tudo isso não passa de puro teatro, pois ficaria muito evidente uma decisão unânime por parte dos ministros.


Maria do Rosário interferiu na entrevista, defendendo Champinha e dizendo que era só uma criança. No calor discussão, Bolsonaro disse que não a estupraria porque ela não merece, pois Maria do Rosário disse que o deputado era quem promovia esse tipo de crime e o chamou de estuprador. Parece mentira, mas uma pessoa que luta contra estupradores é acusada em uma Suprema Corte justamente de estuprador. Brincadeira! Isso é o Brasil!

E agora temos Raquel Dodge, que apresentando mais uma denuncia descabida ao STF por racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. Dessa vez as declarações consideradas criminosas pela PGR foram durante palestra no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril do ano passado. Por essas declarações, ele já foi condenado a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos a comunidades quilombolas e à população negra em geral.

Na ocasião, Bolsonaro disse que, se for eleito presidente em 2018, não destinará recursos para ONGs e que não vai ter "um centímetro demarcado" para reservas indígenas ou quilombolas. E acrescentou mais: "Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles".

Na denúncia, a procuradora-geral da República, afirma que a conduta de Bolsonaro viola a Constituição e que é "inaceitável", sobretudo, segundo ela, por se tratar de um parlamentar. Mas Dodge acha correto se pronunciar contra isso.

Sobre as terras indígenas a Folha de S. Paulo já publicou uma reportagem informando a existência de um relatório entregue pela ABIN à presidência da República, dando conta de que governos estrangeiros, ONGs e o Conselho Indígena estimula a criação de um “estado independente” em Roraima, com autonomia política, administrativa e judiciária. Trata-se da Reserva Indígena Raposa\Serra do Sol, onde há alguns anos cidadãos brasileiros só entram com a aprovação de ONGs alienígenas, região da qual foram expulsos fazendeiros plantadores de arroz. Território esse entregue aos índios corresponde a 46% do estado de Roraima. 

O tamanho da reserva é exorbitante e fica nítido que é muita terra para pouco índio. E que a presença dessas ONGs é pretexto para camuflar pirataria biológica, tráfico de animais silvestres e garimpagens clandestinas. Para Dodge, denunciar esses abusos faz do deputado digno de ser denunciado. Talvez se Bolsonaro não denunciasse esses tipos de crime que lesa a pátria ele fosse mais palatável aos interesses globalistas que a procuradora está mostrando defender em seu posto.

"Jair Bolsonaro tratou com total menoscabo os integrantes de comunidades quilombolas. Referiu-se a eles como se fossem animais, ao utilizar a palavra “arroba”. Esta manifestação, inaceitável, alinha-se ao regime da escravidão, em que negros eram tratados como mera mercadoria, e à ideia de desigualdade entre seres humanos, o que é absolutamente refutado pela Constituição brasileira e por todos os Tratados e Convenções Internacionais de que o Brasil é signatário, que afirmam a igualdade entre seres humanos como direito humano universal e protegido", diz Dodge na denúncia.

"Estas manifestações feitas pelo acusado, de incitação a comportamento e sentimento xenobófico, reforça atitudes de violência e discriminação que são vedadas pela Constituição e pela lei penal", conclui a procuradora.

É triste ver uma procuradora da república repetindo o “discursinho” do gramscismo cultural dos livros do MEC. Isso só evidencia o quanto aparelhado ideologicamente está às instituições constitucionais. Colocando em xeque a atuação de Dodge evidenciando, cada vez mais, ideológica. Propagando o “Mi MI MI” do "politicamente correto" enquanto os verdadeiros parlamentares propagadores de ódio estão acampados em Curitiba a custa de dinheiro público resolvendo questões pessoais. 

O politicamente correto é uma forma de se limitar o debate e a livre circulação de ideias em uma sociedade. Pior do que isso, o politicamente correto busca a implementação de uma agenda progressista numa sociedade que, de alguma maneira, resiste a tal agenda. Não sendo nada mais que instrumento revolucionário.

Então, nada mais prático do que atacar aquele que representa o anseio da maioria do povo. Uma pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que a população brasileira está ficando mais conservadora. A coluna do jornalista José Roberto de Toledo no jornal O Estado de S. Paulo, mostrou que 54% dos brasileiros atingiram alto grau de conservadorismo em questões sociais como a legalização do aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, pena de morte, prisão perpétua e redução da maioridade penal.


Enquanto Lula fez tudo pra ser condenado e é aclamado pela mídia e por membros do alto escalão de instituições constitucionais como a PGR e STF, temos Bolsonaro que mostra-se correto em sua vida pública sendo perseguido apenas por palavras “mal colocadas”. 


fonte: G1, Folha de São Paulo, ABIM, MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, Exame, Uol e IBGE

Um comentário:

  1. É uma vergonha termos pessoas assim num órgão tão importante com um viés ideológico, procurando motivos, para acusa-lo de qualquer coisa para que fique inelegível. Em vez de processar outros que realmente afrontam autoridades incitando na população o terror.

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