sábado, 27 de janeiro de 2018

LULA E O PACTO


Existe um burburinho, a conhecimento médio, que existe um complô, um pacto contra Lula com o intento de crucificar sua pobre e doce “alma pura” da mais “grave injustiça” que se pode haver. Colocando ele indevidamente em cárcere. 

Que esse tipo de alegação venha da militância sem cérebro petista não é novidade, e sim quase um rito, pois dizer que as 218 páginas da sentença do juiz Sérgio Moro não tem provas é o cúmulo do absurdo e da idiotice.

O que quero chamar sua atenção é de onde estão partindo declarações semelhantes, agora. O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira, 24, que uma eventual prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incendiaria o Brasil. "Eu duvido que o façam, porque não é a ordem jurídica constitucional. 

Em segundo lugar, no pico de uma crise, um ato deste poderá incendiar o País", afirmou o ministro logo após a manutenção da condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4° Região (TRF-4). 

Sendo que o próprio ministro, em entrevista ao vivo a rádio Jovem Pan, admitiu que qualquer cidadão seria preso em uma condenação em segunda estância mas que no caso de Lula não acreditava em uma prisão. A presidente do STF, Carmen Lúcia, decidiu apressar o julgamento do processo que pode impedir a prisão de condenados em segunda estância. Isso possibilitaria a escapada de Lula da cadeia.

Estando a fala dos ministros em mais perfeita concordância com as “falas”- pra não dizer ameaças – da presidenta do PT Gleisi Hoffmann que ia “ter que matar gente”. Como o também senador Lindberg Farias que disse: 'Não é hora de uma esquerda frouxa', insinuando que iria haver algum tipo de baderna caso se confirmasse a condenação do Molusco.

Vemos também Doria que voltou a dizer nesta quarta-feira que, se Lula tiver que ser preso, que seja após a eleição presidencial. Desta vez, o tucano dividiu a sua tese com uma plateia de empresários franceses, onde considerou um "erro histórico" uma sentença de prisão agora.

Não é de se estranhar essas diversas vozes de esquerda num verdadeiro pacto em defesa de Lula. Esta é a “Estratégia das Tesouras”. Na dialética de Hegel e Marx (além da astúcia de Lênin e das sutilizas de Gramsci) essa estratégia intenta, usa e cria contradições não somente no plano teórico, mas no de ação prática para se atingir um objetivo que no caso seria a conquista e permanência no poder. 


Portanto, isso consiste num diversionismo, onde a briga (pseudo-brigas e falsas discórdias) entre dois partidos de esquerda (PT e PSDB) polariza o eleitorado, fazendo com que saiam de cena, empurrados pelos holofotes tão somente na esquerda, os verdadeiros partidos de oposição liberais e conservadores, reduzindo-os a meros espectadores, quando não extinguindo totalmente. Essa ilusão engana sem resistência o eleitorado que pensa estar havendo uma real disputa política e de que realmente possui opções distintas de escolha para as urnas. Exemplo disso, nas eleições de 2014, onde Dilma Rousseff pelo PT e Aécio Neves pelo PMDB monopolizaram as eleições e logo depois foi descoberto um plano revelado nas delações da Odebrecht.

Realmente existe um pacto vigente. Existe um intento nos bastidores mais sórdidos do submundo da politica brasileira de livrar o maior bandido da história desse país da cadeia
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