segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

DESINFORMAÇÃO "À RUSSA"

 Desinformação à russa

A “desinformação” (dezinformatsiya) está entranhada na história russa. O que inicialmente não podemos confundir a desinformação com a simples atitude de informar mal. A desinformação vai muito além de informar mal ou suprimir informações. Geralmente, levados pelo senso comum, concluímos que tal assunto nos remete a espionagens e contra espionagens praticados pelos governos e seus serviços secretos.


 O que o texto de Ion Mihai Pacepa nos propõe foge do senso comum e nos apresenta algo estarrecedor. Mesmo antes da chegada dos socialistas ao poder (Revolução Bolchevique de 1917) a Rússia czarista já tinha em seu histórico produções que visavam ludibriar. Recebendo a visita de Catarina a Grande em 1787, o Príncipe Grigory Potemkin mandou construir falsas aldeias na rota pela qual a Imperadora passaria com o intuito de impressioná-la. Já na Rússia pós- com czarista e pós-guerra com a chegada dos novos governantes (os socialistas) o país havia sido solapado em todos os seus fundamentos sociais e culturais. 
O único elemento preservado pelos socialistas foi a desinformação como ferramenta histórica. A utilização da desinformação foi tão potencializada pelos soviéticos que eles elevaram-na a categoria de “ciência”. A desenvoltura russa, por meio da KGB e dos seus mais de 1 milhão de agentes infiltrados por todo o mundo, foi tão grande que foi capaz de mudar a concepção do ocidente sobre de interesse da URSS.

 Desinformação à russa consiste em uma atividade de inteligência com intenção de enganar a opinião pública ocidental em não apoiar as decisões de seus governos (imperialistas no ponto de vista socialista) plantando informações que não condizia verdadeiramente com os fatos. Criando, em certas situações, uma falácia documental que se apropriava de detalhes verdadeiros e tecia um emaranhado de fatos mentirosos. 

E uma vez vinda essa informação pela mídia russa seria facilmente identificado como trabalho de desinformação. Já uma “denuncia” vinda do ocidente cumpriria seu papel de mudar a opinião pública, pois teria credibilidade ocidental em supostas organizações “isentas”. Em abril de 2003 a mídia ocidental do mundo todo noticiava o vice-diretor do Museu de Bagdá culpando a ofensiva americana pela destruição de 170 mil itens da antiguidade. Era a “desinformação” em ação. 

Logo depois a notícia que os empregados do museu tinham escondido esses artefatos em lugar seguro. Algumas organizações foram fundadas em segredo pela KGB e com status de organização mundial independente, mas que na verdade serviam de fachada para reivindicar autoria pela “documentação” soviética que colocava os EUA como provocadores de guerra, imperialistas, contrários a imigração etc. Tudo com a intenção de frear o congresso americano em dispor mais dinheiro para o orçamento militar. Um grande exemplo disso é o Conselho Mundial da Paz. Uma organização que até tem mantido sua postura antiamericana e que já se sabe que recebia verba de Moscou.

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