Pelos livros que leio, e-mail que recebo e pelos fóruns de discussão dos quais
participo esse é o pensamento típico ou de quem não conhece ou de quem é adepto
de uma economia intervencionista.
Na teoria econômica, especificamente na teoria da captura', fala que as
indústrias que estão sendo reguladas tendem a "capturar" as agências
reguladoras, usando-as como redutos para ganhar privilégio e proteção. Exemplos
disso são a ANAC, que protege da real concorrência.
Vamos admitir a sugestão de leitor do blog, que o “livre mercado" leva ao surgimento de "monopólio".
Definindo “monopólio”, sem tecnicismos inúteis, como sendo a situação em que há
um ofertante único, ou um ofertante dominante, de um bem ou serviço. Junto com
essa ideia vem aquela (revolucionária) que diz que as empresas do “capitalismo
malvadão” exploram as pessoas com intuito de satisfazer suas necessidades mais
sórdidas – como se a maldade no coração não existisse também nos funcionários
do Estado.
Não existe justificativa para impedir uma concorrência via
regulamentação. Qual é fundamento teórico disso? Existe uma grande diferença
entre empreendedores políticos, que prosperam ao utilizar táticas como essa, e
empreendedores de mercado, que prosperam porque produziram aquilo que o público
demandava a preços que ele podia pagar.
Exemplos históricos disso: Andrew Carnegie conseguiu, praticamente
sozinho, fazer com que o preço do aço para ferrovias caísse de $160 por
tonelada em meados dos anos 1870 para apenas $17 por tonelada já ao final dos
anos 1890. John D. Rockefeller foi capaz de reduzir o preço do querosene de $1
por galão para $0,10 por galão. As
pessoas finalmente passaram a poder iluminar suas casas. Rockefeller também desenvolveu 300 produtos a
partir dos resíduos que sobravam após o petróleo ter sido refinado. James J.
Hill, que cresceu na pobreza, mas cujas habilidades empreendedoras construíram uma
linha férrea que ligava St. Paul, Minnesota, a Seattle, um enorme sucesso
empresarial feito absolutamente sem qualquer subsídio governamental.
Esses homens adquiriram porções substanciais do mercado porque
consistentemente produziram bens e serviços a preços baixos. Quando eles
paravam de inovar, perdiam sua fatia de mercado. Agora os livros de economia e
de história do MEC passam versões caricaturadas de empreendedores que são
responsáveis pela inovação tecnológica e produtiva. Todas as vezes que tentaram
intervir em um mercado livre por meio de conluios, acordos secretos, fusões, e
coisas do tipo - fracassaram em desmontar esse ambiente altamente competitivo,
que algumas empresas começaram a ver o governo federal e todo o seu aparato
regulatório como uma forma de reduzir coercivamente a concorrência. "Ironicamente, e em oposição ao consenso
dos historiadores", escreve Gabriel Kolko, "não foi à existência de
monopólios o que levou o governo federal a intervir na economia, mas a total
ausência deles." Menos Marx mais Mises, por favor!
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