quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

MENOS MARX MAIS MISES

 Pelos livros que leio, e-mail que recebo e pelos fóruns de discussão dos quais participo esse é o pensamento típico ou de quem não conhece ou de quem é adepto de uma economia intervencionista.

Na teoria econômica, especificamente na teoria da captura', fala que as indústrias que estão sendo reguladas tendem a "capturar" as agências reguladoras, usando-as como redutos para ganhar privilégio e proteção. Exemplos disso são a ANAC, que protege da real concorrência.

Vamos admitir a sugestão de leitor do blog, que o “livre mercado" leva ao surgimento de "monopólio". Definindo “monopólio”, sem tecnicismos inúteis, como sendo a situação em que há um ofertante único, ou um ofertante dominante, de um bem ou serviço. Junto com essa ideia vem aquela (revolucionária) que diz que as empresas do “capitalismo malvadão” exploram as pessoas com intuito de satisfazer suas necessidades mais sórdidas – como se a maldade no coração não existisse também nos funcionários do Estado.

Não existe justificativa para impedir uma concorrência via regulamentação. Qual é fundamento teórico disso? Existe uma grande diferença entre empreendedores políticos, que prosperam ao utilizar táticas como essa, e empreendedores de mercado, que prosperam porque produziram aquilo que o público demandava a preços que ele podia pagar.

Exemplos históricos disso: Andrew Carnegie conseguiu, praticamente sozinho, fazer com que o preço do aço para ferrovias caísse de $160 por tonelada em meados dos anos 1870 para apenas $17 por tonelada já ao final dos anos 1890. John D. Rockefeller foi capaz de reduzir o preço do querosene de $1 por galão para $0,10 por galão.  As pessoas finalmente passaram a poder iluminar suas casas.  Rockefeller também desenvolveu 300 produtos a partir dos resíduos que sobravam após o petróleo ter sido refinado. James J. Hill, que cresceu na pobreza, mas cujas habilidades empreendedoras construíram uma linha férrea que ligava St. Paul, Minnesota, a Seattle, um enorme sucesso empresarial feito absolutamente sem qualquer subsídio governamental.

Esses homens adquiriram porções substanciais do mercado porque consistentemente produziram bens e serviços a preços baixos. Quando eles paravam de inovar, perdiam sua fatia de mercado. Agora os livros de economia e de história do MEC passam versões caricaturadas de empreendedores que são responsáveis pela inovação tecnológica e produtiva. Todas as vezes que tentaram intervir em um mercado livre por meio de conluios, acordos secretos, fusões, e coisas do tipo - fracassaram em desmontar esse ambiente altamente competitivo, que algumas empresas começaram a ver o governo federal e todo o seu aparato regulatório como uma forma de reduzir coercivamente a concorrência.  "Ironicamente, e em oposição ao consenso dos historiadores", escreve Gabriel Kolko, "não foi à existência de monopólios o que levou o governo federal a intervir na economia, mas a total ausência deles." Menos Marx mais Mises, por favor!

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