quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

IMAGO DEI

O que os ideólogos não aprenderam é que sempre os homens se acham senhores do seu destino isso sempre gera uma desgraça degenerada. Alguém pode discordar e considerar tal posição como mero idealismo. A primeira grande desgraça humana ocorreu quando uma ordem – uma lei divina - foi desobedecida. A saber, no Éden na figura de Adão.

Há quem acredite que o idealismo não é uma coisa prática. Mas Chesterton nos diz, “Idealismo é nada mais que considerar tudo em sua essência prática”. Em outras palavras, idealismo é senso comum. É aquilo que é o mais comum dos homens sabe ser o certo - apesar de todas as vozes dizendo a ele que é impraticável ou irrealista ou fora de moda. E isso nos mostra uma triste realidade sobre o caráter humano de seres caídos e infectados pelo gene de Adão - não somos seres “autônomos”. 



A tarefa humana fundamental é o governo da realidade e compreensão da ordem criada, em representação a Deus e sob sua autoridade. Esse é o Mandato Cultural, em cujo cumprimento o ser humano manifesta, efetivamente, que é Imago Dei. 

A Imago Dei do Homem reside na alma e abrange tudo que distingue o Homem dos animais. Essa definição traz luz ao estado original de pureza do Homem. E o ateísmo é a tentativa de apagar essa imagem de Deus e igualar o Homem aos animais, numa entrega desenfreada aos instintos e negando essa lei interior e inata. 

E quando Chesterton diz “idealismo”, ele quer dizer o ideal cristão. “O ideal cristão não foi buscado e considerado deficiente; ele foi considerado difícil e permaneceu sem ser experimentado”. Significa dizer que a casa ideal e a família feliz, a instituição da família na história, as leis que respeitam a família como a unidade mais importante da sociedade, e leis que são morais e respeitam os princípios religiosos. Onde reside a tão difundida ideia de distribuição de propriedade e capital a fim de garantir maior justiça e liberdade. Significa não ter medo de ensinar a verdade às crianças. 

Essas leis são tão benéficas que até o mais ateu dos homens deveria rezar pedindo a Deus que resplandeça sua imagem no mundo. Só assim ele poderia continuar livre pra se dizer ateu.

Mas nós deixamos a verdade para trás. E em vez de dar meia volta e voltar para consertar as coisas, nós corremos loucamente para frente rumo a algo que não sabemos o que é, e chamamos a nós mesmos, “progressistas”. Queremos o Estado Laico, longe de Deus e dessa ideia que muda o mundo chamada cristianismo.

Mas em uma sociedade esta completamente à mercê de Hudge e Gudge, significa que uma grande pressão é posta sobre a família, e significa que a sociedade irá desmoronar de baixo para cima. A sociedade está especialmente em perigo quando o homem comum, atordoado pela perda da religião, do lar, da família, já não sabe nem mesmo o que ele quer. Tão nocivo quando o progressismo é o metacapitalismo. 

A Imago Dei abrange toda a pessoa do Homem e foi apagada em sua Essência, manifesta sua Ícone na administração familiar e, quando Deus condena o homicídio, a exploração do próximo condena por tirar a vida de Seu Ícone, embora desprovido da Essência.



Cristo existe como Ícone Essencial do Deus Invisível, ou seja, é a Ícone Existencial e Essencial. Ele é Completo e por Sua Completude nós podemos ser recompletados e voltarmos à situação original. Somos reconstituídos como Imago Dei pelo Decreto do Pai, pelo Sacrifício de Cristo e pela Visitação do Espírito, embora ações diferentes em termos existenciais possuem a mesma. Negar a Deus é suicídio moral, social e espiritual.

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