O que os ideólogos não
aprenderam é que sempre os homens se acham senhores do seu destino isso sempre
gera uma desgraça degenerada. Alguém pode discordar e considerar tal posição
como mero idealismo. A primeira grande desgraça humana ocorreu quando uma ordem
– uma lei divina - foi desobedecida. A saber, no Éden na figura de Adão.
Há quem acredite que o idealismo não é
uma coisa prática. Mas Chesterton nos diz, “Idealismo é nada mais que
considerar tudo em sua essência prática”. Em outras palavras, idealismo é senso
comum. É aquilo que é o mais comum dos homens sabe ser o certo - apesar de
todas as vozes dizendo a ele que é impraticável ou irrealista ou fora de moda.
E isso nos mostra uma triste realidade sobre o caráter humano de seres caídos e
infectados pelo gene de Adão - não somos seres “autônomos”.
A tarefa humana fundamental é o
governo da realidade e compreensão da ordem criada, em representação a Deus e
sob sua autoridade. Esse é o Mandato Cultural, em cujo cumprimento o ser humano
manifesta, efetivamente, que é Imago Dei.
A Imago Dei do Homem reside na alma e
abrange tudo que distingue o Homem dos animais. Essa definição traz luz ao
estado original de pureza do Homem. E o ateísmo é a tentativa de apagar essa
imagem de Deus e igualar o Homem aos animais, numa entrega desenfreada aos
instintos e negando essa lei interior e inata.
E quando Chesterton diz “idealismo”,
ele quer dizer o ideal cristão. “O ideal cristão não foi buscado e considerado
deficiente; ele foi considerado difícil e permaneceu sem ser experimentado”.
Significa dizer que a casa ideal e a família feliz, a instituição da família na
história, as leis que respeitam a família como a unidade mais importante da
sociedade, e leis que são morais e respeitam os princípios religiosos. Onde
reside a tão difundida ideia de distribuição de propriedade e capital a fim de
garantir maior justiça e liberdade. Significa não ter medo de ensinar a verdade
às crianças.
Essas leis são tão benéficas que até o
mais ateu dos homens deveria rezar pedindo a Deus que resplandeça sua imagem no
mundo. Só assim ele poderia continuar livre pra se dizer ateu.
Mas nós deixamos a verdade para trás. E
em vez de dar meia volta e voltar para consertar as coisas, nós corremos
loucamente para frente rumo a algo que não sabemos o que é, e chamamos a nós
mesmos, “progressistas”. Queremos o Estado Laico, longe de Deus e dessa ideia
que muda o mundo chamada cristianismo.
Mas em uma sociedade esta completamente
à mercê de Hudge e Gudge, significa que uma grande pressão é posta sobre a
família, e significa que a sociedade irá desmoronar de baixo para cima. A
sociedade está especialmente em perigo quando o homem comum, atordoado pela
perda da religião, do lar, da família, já não sabe nem mesmo o que ele quer.
Tão nocivo quando o progressismo é o metacapitalismo.
A Imago Dei abrange toda a pessoa do
Homem e foi apagada em sua Essência, manifesta sua Ícone na administração
familiar e, quando Deus condena o homicídio, a exploração do próximo condena
por tirar a vida de Seu Ícone, embora desprovido da Essência.
Cristo existe como Ícone Essencial do
Deus Invisível, ou seja, é a Ícone Existencial e Essencial. Ele é Completo e
por Sua Completude nós podemos ser recompletados e voltarmos à situação
original. Somos reconstituídos como Imago Dei pelo Decreto do Pai, pelo
Sacrifício de Cristo e pela Visitação do Espírito, embora ações diferentes em
termos existenciais possuem a mesma. Negar a Deus é suicídio moral, social e
espiritual.